Aluguel social e auxílio emergencial pagos pelo Município contribuem diretamente para ajudar desalojados e desabrigados
No dia em que recebeu os cheques do auxílio emergencial e do aluguel social, pagos pela Prefeitura de Maceió, no valor de R$ 750,00 Lucineide da Silva Ferreira, dona de casa, já tinha planos para utilizar o dinheiro. Apesar de todas as perdas que teve com a invasão da água da Lagoa Mundaú dentro de casa, ela se programou para comprar de imediato o material escolar do filho Ícaro Rhyan, de 8 anos, para que ele voltasse a frequentar as aulas.
Já foram pagos, até o momento, quase R$ 2 milhões a cerca de 2.500 famílias que foram cadastradas pela Secretaria Municipal de Assistência Social (Semas), que estavam em abrigos e receberam atenção do Município com alimentação, roupa, colchões, kit de dormir, kit de higiene e outros itens.
A dona de casa mora também com a filha, Mallu Vitória, de 3 anos, que é uma criança com deficiência, e está gripada por conta da umidade dentro de casa. Onde a família mora, no Sítio Recreio, uma região de mangue por trás, no Pontal da Barra, a água avançou muito rápido e todos perderam móveis, eletrodomésticos e outros bens.
Mas o que a Lucineide deu prioridade para atender foram as necessidades dos filhos. “Armário, geladeira e guarda-roupa a gente não conseguiu salvar, só salvou as coisas pequenas, como a TV, roupa, documentos. Mas eu não consegui salvar as coisinhas do meu filho ir para escola, por isso vou comprar o caderninho dele e a mochila. Vou comprar os remédios da minha filha e depois ver um lugar para alugar”, contou.
Lucineide não trabalha, e deixou de receber o Auxílio Brasil do Governo Federal porque perdeu o prazo para atualização do Cadastro Único. Hoje, ela espera uma nova análise para voltar a ganhar o benefício, por isso o auxílio emergencial e o aluguel social pagos pela Prefeitura de Maceió serão a saída para que ela e as crianças possam recomeçar a vida após a cheia.
“Foi tudo muito rápido, logo cedo a lagoa encheu. Todo mundo da minha rua se ajudou, mas eram muitos barcos em uma rua estreita, perdemos muita coisa. Só consegui sobreviver esses dias porque fui para o abrigo, na Associação Riachuelo. Lá tive alimentação, roupa, kit de higiene, fralda para minha filha, bastante coisa, graças a Deus”, ressaltou.
Recursos para as vítimas – A Prefeitura de Maceió, por meio de um decreto do prefeito JHC, determinou que as vítimas da cheia da Lagoa Mundaú fossem beneficiadas por um auxílio de R$ 500 pagos por até seis meses, além do aluguel social de R$ 250, que pode ser pago por até um ano.
A medida foi tomada para que as pessoas que perderam tudo no alagamento, no dia 3 de julho, e as que ficaram sem ter onde morar possam ter como recuperar os pertences e alugar um imóvel longe da área de risco.
Com o pagamento do aluguel social, as pessoas poderão sair das áreas de risco de alagamento e alugar um imóvel. Em paralelo, o Município já atua junto ao Governo Federal para agilizar a construção de residências para onde essas pessoas possam ser transferidas.
“A Prefeitura de Maceió vai retirar definitivamente as famílias da situação insalubre de moradia à beira da Lagoa Mundaú, onde elas convivem com a lama, em barracos improvisados, sem um banheiro para fazer as necessidades. Vamos transferir essas pessoas para imóveis adequados, limpos, uma moradia digna. Já entregamos cerca de cinco mil cheques para que as famílias recuperem os seus pertences perdidos na cheia e vamos atuar no que for preciso para que ninguém fique desassistido”, destacou.