sexta-feira | 22 de agosto de 2025 | 19:03

Casos de Chikungunya crescem quase 2.000% em Alagoas

Dengue e Zika também disparam no estado

Alagoas registra um aumento alarmante nos casos das chamadas arboviroses, isto é, doenças causadas pelos vírus transmitidos por picada de mosquitos. Os casos de dengue, chikungunya e zika aumentaram 674%, 1.992% e 298% respectivamente, segundo dados do Sistema de Informação de Notificação de Agravos do Ministério da Saúde (Sinan/MS).

O maior crescimento das arboviroses em Alagoas é evidenciado nos números da chikungunya, que entre janeiro e julho já somam 7.032 casos, com um óbito registrado no mês de fevereiro, um acréscimo de 1.992% em relação ao ano anterior. No ano de 2021 foram 336 casos e nenhum óbito notificado no estado.

Com relação aos casos de dengue, conforme o Sinan, em 2022 foram 29.994 registros e dois óbitos decorrentes da doença. Em todo o ano de 2021, foram contabilizados 3.874 casos de dengue e dois óbitos, o que representa o aumento de 674% de um ano para o outro.

Já os casos de Zika nos sete primeiros meses de 2022 somam um total de 793, um aumento de 298% em relação a 2021, quando foram contabilizados 199 casos. Não há registro de óbitos nos últimos dois anos.

O aumento das arboviroses está diretamente associado à proliferação do mosquito Aedes aegypti e a forma mais efetiva de prevenir as doenças é evitar água parada, ambiente propício para a reprodução do mosquito vetor.

“O mosquito gosta basicamente de água limpa e parada. A calha do telhado e a geladeira mais antiga, com recipiente embaixo, por exemplo, são lugares propícios para o mosquito colocar ovos. Essas doenças, de tempos em tempos, aumentam o número de casos. As pessoas descuidaram um pouquinho por conta da Covid-19. Mas é importante correr atrás para identificar e eliminar os criadouros para acabar com esses mosquitos”, orientou o infectologista Fernando Maia, em entrevista ao programa Fique Alerta, da TV Pajuçara/ Record TV.

Além de transmitidas pelo mesmo vetor, dengue, chikungunya e zika podem provocar febre, dor e manchas pelo corpo. A diferenciação do tipo de infecção, no entanto, é realizada pela identificação dos sintomas do paciente e investigação laboral. “É comum que pacientes fiquem com dores articulares após o período da doença, principalmente os que não fizeram repouso na fase inicial”, acrescentou o médico.

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