Uma auditoria da Controladoria-Geral da União (CGU) identificou uma série de irregularidades na estrutura do Instituto Léo Moura Sports (ILM), uma organização não governamental (ONG). De material esportivo superfaturado, contêineres corroídos a empresas de serviços fantasmas.
Entre 2020 e 2022, o projeto do ex-jogador de futebol Léo Moura recebeu cerca de R$ 45 milhões de repasses da então Secretaria Especial do Esporte, parte do Ministério da Cidadania (MC). A informação foi divulgada pelo g1 e confirmada pelo Metrópoles.
Tal verba milionária recebida pela ONG foi destinada à implantação e desenvolvimento de núcleos do projeto “Passaporte para a Vitória” em municípios do Rio de Janeiro, Amapá, Pará e Acre.
O relatório, publicado nessa segunda-feira (26/2), analisou quatro, dos 16 termos de fomento firmados — documento necessário para o prosseguimento do repasse dos recursos — no período de junho de 2020 até abril de 2022.
Conforme a investigação, apenas esses quatro termos gastaram R$ 25,2 milhões para implementar o projeto em 32 cidades no Rio e 20 no Amapá. Nesse processo, os auditores compararam o orçamento do ILM com o do Ministério das Cidades para serviços e materiais equivalentes.
O órgão identificou o superfaturamento em:
- R$ 778,9 mil na compra de materiais, locações e serviços
- R$ 1,91 milhão na falta de comprovação de total dos itens e das prestações de serviços
Desta forma, a CGU constatou que “houve fragilidade na atuação do Ministério da Cidadania (MC) na celebração e acompanhamento das parcerias firmadas mediante os termos de fomento firmados” com a Organização da Sociedade Civil (OSC).
Fonte: Metrópoles