A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), que representa a indústria avícola e suinícola do Brasil, celebrou o encerramento do processo antidumping chinês, o qual impunha tarifas provisórias de até 34,2% sobre as exportações de carne de frango do país. A decisão da China foi oficializada pelo Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC).
De acordo com a ABPA, a suspensão das tarifas permitirá que as empresas brasileiras voltem a competir em pé de igualdade com exportadores de outras nações. Mesmo diante das tarifas provisórias, a China continua sendo um dos principais destinos para a proteína brasileira. No mês de janeiro, o país asiático importou 38,4 mil toneladas, ficando atrás apenas do Japão (40,1 mil) e dos Emirados Árabes Unidos (38,7 mil).
No entanto, desde o início do ano passado, os preços dos cortes enviados à China registraram uma queda, impactando as margens de lucro de exportadoras como BRF e Seara (subsidiária da JBS). O fim das tarifas sobre determinados cortes, portanto, deverá contribuir para o aumento da rentabilidade das operações.
Essa reviravolta nas condições comerciais é vista como uma oportunidade para as empresas brasileiras reconquistarem espaço no mercado chinês, proporcionando uma retomada competitiva. O setor aguarda com expectativa a normalização das condições comerciais, visando aproveitar o potencial de exportação para a China, um mercado estratégico para a indústria de proteína animal do Brasil.