domingo | 12 de outubro de 2025 | 13:51

“Empresas que usam IA vão substituir as que não usam”, afirma especialista

“Quem usa IA(inteligência Artificial) substitui quem não usa. Todas as empresas que usarem IAs vão substituir as que não usam”, afirmou o Professor PhD afiliado a Stanford University, Alexandre Nascimento.

Em evento realizado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), nesta terça-feira, 21, em parceria com o Serviço Social da Indústria (SESI), especialistas discutiram sobre a influência da IA na economia, educação, meio ambiente e nas relações sociais.

A Inteligência Artificial já está em funcionamento há anos, mas a tentativa de regulamentação que está em tramitação no Senado traz discussões a respeito do impacto que essa tecnologia pode causar no Brasil. 

Para o  Ex-Diretor da OCDE e senior fellow  na Escola de Governança Transnacional do Instituto Universitário Europeu, Andrew Wyckoff, o mercado será dominado por empresas dos Estados unidos e da China, por serem os países com maior quantidade de estudos publicados sobre a IA. 

A estimativa é de que o mercado mundial possa gerar 200 trilhões de dólares, seja pela eficiência ou utilidade da tecnologia. Para Nascimento, mesmo que o Brasil invista em tecnologias de IAs hoje, o país já está muito atrasado para ser competitivo no mercado. 

Dessa forma, seria até um risco para o mercado interno: “A IA vai varrer todos os negócios. A gente vai usar tecnologia de fora e sabe porque é um problema? Por que você vai dar todas as informações de sua empresa para fora.”, afirmou Alexandre.

Além disso, o professor também afirmou que se o Brasil investir numa tecnologia mais ecológica, após a esperada consolidação da IA, pode se tornar um player importante no mercado futuro. 

De acordo com um relatório da Microsoft, a empresa teve um aumento de 34% no consumo de água de 2021 para 2022, momento em que o Chat GPT repercutiu entre o público.

Para ele, já que “a coisa mais antiecológica que existe é a IA”, o Brasil deveria já investir em um processo verde, ou seja, mitigando o impacto ecológico da operação: “Se a gente mirar na frente, com computação quântica ou criação de chips.” 

Bethânia, que abriu o seminário, é o avatar do BNDES criado com IA. Foto: Divulgação

No âmbito da educação, o SESI e SENAI já estão trabalhando num cenário em que a IA se torna parte da profissionalização dos brasileiros com uma parceria do Google e um investimento de 98 milhões de reais dos três, segundo o Diretor geral do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) e diretor de Educação e Tecnologia da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Rafael Lucchesi. Com isso, houve um aumento de letramento digital em que os alunos do 2º ano, já têm a mesma pontuação que alunos do 3º em redação.  

Além disso, a IA poderá facilitar o trabalho dos docentes, diminuindo em 20% a burocracia do ensino, que é o principal ponto de estresse dos professores, de acordo com o Diretor de Educação e Competências da OCDE e criador do Program for International Student Assessment (PISA), Andreas Schleicher. 

Para Wyckoff, o “período disruptivo” será grande. Com o fim de empregos que conhecemos e o início de novos, assim como ocorreu na época da Revolução Industrial.

 

Fonte: Agência Nossa

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