EX-SECRETÁRIO DA SEMARH NÃO CUIDOU DA LAGOA MUNDAÚ E AGORA RECLAMA DE ASSOREAMENTO
O temporal que desabou sobre Alagoas no domingo, 06, revelou o telhado de vidro de Alexandre Ayres, ex-secretário de saúde de Alagoas e deputado estadual eleito em 02 de outubro. Na verdade, foi o próprio Ayres que se expôs, afoito pelo engajamento de internautas e também na ânsia de mostrar serviço ao seu padrinho político, o ex-governador e senador eleito por Alagoas, Renan Filho.
Diante de inúmeros vídeos feitos por maceioenses, registrando as chuvas fortes e inesperadas até mesmo para os serviços de meteorologia, Alexandre Ayres se precipitou. Fez uma postagem vaidosa no Twitter, na qual se apresentou opinou sobre o risco de transbordamento da Lagoa Mundaú, ao mesmo tempo em que atribuía a culpa da situação à atual gestão da Prefeitura de Maceió.
Ressaltou a importância de obras de desassoreamento, de cuidados com o meio ambiente e concluiu dizendo que vai usar de seu mandato parlamentar para cobrar da Gestão Municipal uma atitude efetiva. Seria algo incontestável, não fosse um pequeno detalhe: Alexandre Ayres foi secretário de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos de Alagoas durante quase quatro anos e poderia ter resolvido esse problema.
A aparente amnésia seletiva de Ayres logo foi tratada, por uma outra enxurrada, dessa vez formada por comentários indignados de internautas, chocados com a incoerência do ex-secretário da SEMARH. Ele teve todas as oportunidades e meios de cuidar do desassoreamento da Lagoa Mundaú, teve recursos federais e estaduais, teve o aval do então governador Renan Filho. E nada fez.
Com esse episódio, a análise feita por comentaristas políticos é de que Alexandre Ayres nem mesmo começou o mandato de deputado estadual e já está fazendo feio nas redes sociais. Além de reduzir a si mesmo ao papel de “arengueiro de internet”, para tentar agradar seus padrinhos políticos, também acabou demonstrando que acusa os outros pelo que ele mesmo não fez. Tentou se aproveitar do caos das chuvas e acabou atolando o pé na lama de seu próprio passado.
